JORNALISTA PREVÊ TSUNAMI COM PELO MENOS 50 MIL MORTES EM PORTO VELHO
O blogueiro Carlos Henrique Ângelo, titular do Blog do Cha
(www.blogdocha.com.br) publicou hoje um alerta que ninguém gostaria que
seja verdade. A possibilidade do rompimento das barragens que contêm as
águas do Madeira provocando um verdadeiro tsunami que arrastaria a Usina
de Santo Antônio e tudo o que tivesse na frente, chegando em Porto
Velho e arrasando 30% da cidade, ocasionando a morte de pelo menos 50
mil pessoas. Veja o relato. É de se preocupar.
A população de Porto Velho imagina que a elevação do nível
das águas do Madeira para mais de 18 metros, já tendo ultrapassado o
histórico nível registrado há um século, e com perspectiva de subir
ainda mais em março, é o pior dos problemas. Faltou contudo maior
atenção à notificação encaminhada pelo consórcio controlador de Jirau à
Agência Nacional de Águas, Ibama e Aneel. No documento, publicado por
Valor Econômico, o consórcio Energia Sustentável do Brasil – ESBR
adverte que a elevação do nível da lâmina d’água de Santo Antônio para
além da cota de 75 metros. Isso estaria comprometendo as estruturas da
barragem de Jirau.
A gravidade da situação não parece ter sido levada ainda em
consideração no estado, até porque as duas usinas vivem em permanente
conflito, especialmente por questões de ordem financeira. Problemas
ambientais nunca passaram da condição de secundários nas preocupações de
ambos os empreendimentos. Pode ser que também agora a carta distribuída
pelo consórcio seja apenas mais uma jogada daquelas que antecedem a
mais um avanço nos cofres do BNDES. Mas pode ser que, agora, a situação
seja realmente grave e a estabilidade da barragem esteja realmente em
situação de risco.
Pode-se imaginar o que aconteceria em Porto Velho na
eventualidade do rompimento da barragem. Técnicos do Indam, que
advertiram para a necessidade de consideração dessa possibilidade,
afirmam que caso isso aconteça, em exatamente sete horas a barragem de
Santo Antônio seria atingida por um verdadeiro tsunami ao qual não
conseguiria resistir. O resultado iria atingir pelo menos 30% de Porto
Velho, com algo em torno de 50 mil mortes. A hidrelétrica de Jirau
passaria a ser conhecida internacionalmente pelo seu verdadeiro nome:
“Caldeirão do diabo” – a localidade de Jirau está situada a três
quilômetros da barragem.
O documento do ESBR foi minimizado pelos dirigentes de Santo
Antônio, para quem a mesma água que entra é a que sai da barragem. Mas o
Consórcio afirma que a autorização concedida pelo Ibama, dá conta de
que a altura máxima suportada por Jirau é de 74,8 metros em relação ao
reservatório da usina de Santo Antônio. Esta, no entanto, estaria
operando com um reservatório que já teria ultrapassado a cota de 75
metros. “Tal fato, além de não respeitar o limite estabelecido por
imposição do projeto estrutural da usina de Jirau, está ocasionando
diversos impactos na estrutura do empreendimento e demais existentes no
canteiro de obras”, alega o ESBR no documento.
Fonte: +RO- www.maisro.com com Blog do Cha
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