Matéria: Olegário Farias.
Fotos: Enfermeira Silvanéia.
A Secretaria Municipal de Saúde de Francisco
Santos realizou no dia 19 de Abril uma Campanha nas escolas do Município sobre
a Dengue, onde os profissionais de saúde repassaram informações de como evitar
essa doença que já matou muita gente em nosso País.
Veja logo abaixo várias informações sobre: Dengue clássica, Dengue hemorrágica,e muito mais.
O que é Dengue?
A dengue é uma doença febril aguda causada por um
vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas
tropicais e subtropicais. Atualmente, a vacina é a melhor forma de prevenção da dengue.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de
pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os
continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de
hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.
Existem
quatro tipos de dengue, de acordo com os quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3
e DEN-4. Quando uma pessoa tem dengue tem uma imunidade relativa contra outro
sorotipo.
SAIBA MAIS
É uma
doença potencialmente grave, porque pode evoluir para a dengue hemorrágica a
síndrome do choque da dengue, caracterizadas por sangramento e queda de pressão
arterial, o que eleva o risco de morte. A melhor maneira de combater esse mal é
atuando de forma preventiva, impedindo a reprodução do mosquito.
Acredita-se
que o mosquito Aedes aegypti chegou
ao Brasil pelos navios negreiros, uma vez que as primeiras aparições do
mosquito se deram no continente africano. No início do século XX, o médico
Oswaldo Cruz implantou um programa de combate ao mosquito, visando reduzir os
casos de febre amarela. Essa medida chegou a eliminar a dengue no país durante
a década de 1950. Segundo o Ministério da Saúde a primeira ocorrência do vírus
no país, comprovada laboratorialmente, ocorreu em 1981-1982 em Boa Vista (PR).
No
entanto, a dengue voltou a acontecer no Brasil na década de 1980. Atualmente,
os quatro tipos de vírus circulam no país, sendo que foram registrados 587,8
mil casos de dengue em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde.
Devemos dizer "a dengue" ou "o
dengue"?
A
forma mais correta, sob o ponto de vista da gramática, é "o dengue",
no masculino. Entretanto, também está certo dizer "a dengue", que
hoje em dia é a forma mais utilizada pela população e até aceita em
dicionários.
Tipos
O
vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os
tipos de dengue causam os mesmo sintomas.
Caso
ocorra um segundo ou terceiro episódio da dengue, há risco aumentado para
formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica e síndrome do choque da
dengue
SAIBA MAIS
Na
maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas da dengue,
combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que
apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente de
quatro formas:
Dengue clássica
A
dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida
com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias,
apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço,
dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, entre outros.
Dengue hemorrágica
A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com
dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada
com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum
quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas
iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou
quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da
pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão
arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas.
Síndrome do choque da dengue
A
síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se caracterizando
por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de
inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por
conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e
cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e
derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode
levar a óbito.
Sintomas de Dengue
Sintomas de dengue clássica
Os
sintomas de dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre cinco a sete
dias. Normalmente eles surgem entre três a 15 dias após a picada pelo mosquito
infectado. Os principais sinais são:
- Febre alta com
início súbito (entre 39º a 40º C)
- Forte dor de
cabeça
- Dor atrás dos
olhos, que piora com o movimento dos mesmos
- Manchas e
erupções na pele, pelo corpo todo, normalmente com coceiras
- Extremo cansaço
- Moleza e dor no
corpo
- Muitas dores
nos ossos e articulações
- Náuseas e
vômitos
- Tontura
- Perda de
apetite e paladar.
Sintomas de dengue hemorrágica
Os
sintomas de dengue hemorrágica são os mesmos da dengue clássica. A diferença é
que a febre diminui ou cessa após o terceiro ou quarto dia da doença e surgem
hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos
internos. Quando acaba a febre, começam a surgir os sinais de alerta:
- Dores
abdominais fortes e contínuas
- Vômitos persistentes
- Pele pálida,
fria e úmida
- Sangramento
pelo nariz, boca e gengivas
- Manchas
vermelhas na pele
- Comportamento
variando de sonolência à agitação
- Confusão mental
- Sede excessiva
e boca seca
- Dificuldade
respiratória
- Queda da
pressão arterial:Pulso rápido.
Na
dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais
de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa
a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva
choque, a presença de certos sinais alertam para esse quadro:
- Dor abdominal
persistente e muito forte
- Mudança de
temperatura do corpo e suor excessivo
- Comportamento
variando de sonolência à agitação
- Pulso rápido e
fraco
- Palidez
- Perda de
consciência.
A
síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte
em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5%
das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
Causas
A
dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo
mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém
contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.
O
ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus
ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por
cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos,
prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa
e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é
picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo
mais comum cinco a seis dias.
SAIBA MAIS
A
transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo
que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso o mosquito se
desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em
condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se
desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito
da dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas
distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a
difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta,
o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no
segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar
de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
SAIBA MAIS
O
mosquito Aedes aegypti mede
menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras
brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas
primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas,
mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há
suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a
picada, pois não dói e nem coça no momento.
A
fêmea do Aedes aegypti também
transmite a febre chikungunya e a febre Zikae
a febre amarela urbana.
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diagnóstico e exames
Diagnóstico de Dengue
Se
você suspeita de dengue, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais
próxima. Os médicos farão a suspeita clínica com base nas informações que você
prestar, mas o diagnóstico de certeza é feito com o exame de sangue para dengue ou sorologia para dengue. Ele vai analisar
a presença do vírus no seu sangue e leva de três a quatro dias para ficar
pronto. No atendimento, outros exames serão realizados para saber se há sinais
de gravidade ou se você pode manter repouso em casa.
SAIBA MAIS
- Como a água
parada contribui para a transmissão da doença?
- Dengue: como
proceder ao desconfiar da doença?
O
exame físico pode revelar:
- Fígado
aumentado (hepatomegalia)
- Pressão baixa
- Erupções
cutâneas
- Olhos vermelhos
- Pulsação fraca
e rápida.
Os
exames podem incluir:
- Testes de
coagulação
- Eletrólitos
(sódio e potássio)
- Hematócrito
- Enzimas do
fígado (TGO, TGP)
- Contagem de
plaquetas
- Testes
serológicos (mostram os anticorpos ao vírus da dengue)
- Raio X do tórax
para demonstrar efusões pleurais.
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tratamento e cuidados
Tratamento de Dengue
Não
existe tratamento específico contra o vírus da dengue, faz-se apenas
medicamentos para os sintomas da doença, ou seja, fazer um tratamento
sintomático. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a
desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento
antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para
hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia
intensiva.
SAIBA MAIS
Pacientes
com dengue ou suspeita de dengue devem evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico
(aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito
anticoagulante e podem causar sangramentos. Outros anti-inflamatórios não
hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O
uso destas medicações pode aumentar o risco de sangramentos.
O
paracetamol e a dipirona são os medicamentos de escolha para o alívio dos
sintomas de dor e febre devido ao seu perfil de segurança, sendo recomendado
tanto pelo Ministério da Saúde, como pela Organização Mundial da Saúde.
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convivendo (prognóstico)
Complicações possíveis
A
síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue, se
caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial,
acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que
sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas
e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e
derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode
levar a óbito.
Outras
possíveis complicações da dengue incluem:
- Convulsões
febris em crianças pequenas
- Desidratação
grave
- Sangramentos.
Expectativas
No
caso da dengue clássica, a febre dura sete dias, mas a fraqueza e mal estar
podem perdurar por mais tempo, às vezes por algumas semanas. Embora seja
desagradável, a dengue clássica não é fatal. As pessoas com essa doença se
recuperam completamente.
No entanto,
é muito importante ficar atento aos sinais de alerta da manifestação da dengue
hemorrágica, que são, principalmente, os sangramentos no nariz, boca e gengiva.
Essa forma de dengue quando não tratada rapidamente pode levar a óbito.
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prevenção
Prevenção
Tome a vacina
A vacina contra dengue foi criada para prevenir a manifestação do
vírus. Atualmente apenas uma vacina foi licenciada no Brasil, a desenvolvida
pela empresa francesa Sanofi Pasteur. Ela é feita com vírus atenuados e é
tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos de dengue existentes.
Ela possui a estrutura do vírus vacinal da febre amarela, o que lhe dá mais
estabilidade e segurança.
Vacinas
com o vírus atenuado são aquelas que diminuem a periculosidade do vírus,
garantindo que ele não cause doenças, mas sejam capazes de gerar resposta
imunológica, fazendo com que o organismo da pessoa reconheça o vírus e saiba
como atacá-lo quando a pessoa for exposta a sua versão convencional.
SAIBA MAIS
A
eficácia na população acima de 9 anos é de, aproximadamente, 66% contra os
quatro sorotipos de vírus da dengue. Isso significa que em um grupo de cem
pessoas, 66 evitariam contrair a doença. Além disso, reduz os casos graves -
aqueles que levam ao óbito, como a dengue hemorrágica - em 93% e os índices de
hospitalizações em 80%.
Além
dela, o Instituto Butantan está testando uma nova vacina feita no Brasil. O
antíduto também é feito com vírus atenuados e está na terceira fase de testes,
em que mais de 17 mil voluntários serão observados: dois terços deles receberão
a vacina verdadeira e um terço receberá um placebo. Antes ela passou por testes
clínicos nos Estados Unidos em 600 pessoas e depois em São Paulo por mais 300.
O plano de fazer os testes agora em todo Brasil é garantir que as pessoas
estudadas tenham contato com todos os sorotipos da doença.
Evite o acúmulo de água
O
mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por
isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo
e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do
terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação
regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.
Coloque tela nas janelas
Colocar
telas em portas e janelas ajuda a proteger sua família contra o mosquito da
dengue. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência.
Nesse caso, a estratégia não será bem sucedida. Por isso, não se esqueça de que
a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.
Coloque areia nos vasos de plantas
O uso
de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três
alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A
areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um
criadouro de mosquitos.
Seja consciente com seu lixo
Não
despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você
garante que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes.
Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.
SAIBA MAIS
Coloque desinfetante nos ralos
Ralos
pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de dengue devido ao
constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária.
Entretanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior.
Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com uma tela ou que seja higienizado
com desinfetante regularmente.
Limpe as calhas
Grandes
reservatórios, como caixas d'água, são os criadouros mais produtivos de dengue,
mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água
também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados
todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o
desenvolvimento do Aedes aegypti.
Lagos caseiros e aquários
Assim
como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem
foco de dengue deixou muitas pessoas preocupadas, porém, peixes são grandes
predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado,
portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.
Uso de inseticidas e larvicidas
Tanto
os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela
Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada, sendo preconizados
por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.
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