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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

De joelhos, dependente química pede ajuda para sair das drogas


A jovem pediu ajuda para reportagem para largar o vício.

O caso de uma jovem sensibilizou e causou uma grande repercussão em Teresina. Moradora do bairro Acarape, na zona Norte de Teresina, a menina consome todo tipo de droga desde os 13 anos e implorou para a equipe de reportagem da Rede Meio Norte de joelhos, uma ajuda para sair do vício.
“Eu estou cortada de tanto apanhar na rua porque os outros me cortam,  eu apanho, eu roubo, ás vezes eu agrido minha mãe com uma faca para ela poder me dar dinheiro. Eu estou quatro dias sem consumir, mas qualquer hora eu posso ter uma recaída, tem horas que eu xingo todo mundo na minha casa para me dar crack. Eu não aguento mais viver nesse mundo maldito, eu peço em nome de Jesus que me tirem disso, eu não aguento mais ver minha família sofrendo por causa de mim”, falou ela no momento em que estava de joelhos.
A usuária relata que o mundo das drogas não passa de uma fantasia. “Na hora que eu estou usando é uma ilusão, fantasia, mas na hora que acaba a ficha cai, vem uma tristeza, solidão, amargura. Eu aviso para todos os viciados que procure internação o mais rápido possível. Eu quero entrar em uma casa de recuperação, eu não vou fugir”, prometeu ela.
A mãe da jovem conta que é um momento de desespero e que chega a amarrá-la quando ela está descontrolada. “Não tem como explicar, a sensação é triste, é você ter que estar com tudo no seu quarto trancado, até os alimentos são todos trancados. Quando ela está em uma fase mais elevada das drogas eu amarro ela na cama. Só quem é mãe é quem sabe, só quem tem um dependente em casa é quem sabe o que eu passo, o que o pai passa, você ter sua filha amarrada, ter que chamar a polícia se ela conseguir se soltar, ela sair algemada. É muito sofrimento”, disse a mulher chorando.
A prima da usuária também relatou ser viciada e pediu ajuda para conseguir sair do vício. “Eu queria sair dessa vida também, é só ilusão. Eu estou com dois anos usando droga, minha prima que me apresentou o crack, aí não parei mais. Eu uso o dia inteiro, acabei com tudo na casa da minha mãe, a gente rouba, leva tudo. Mas eu não aguento mais isso”, relatou.
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